CONSTRUIR PONTES NO LIVRO DO PROFETA EZEQUIEL

CONSTRUIR PONTES NO LIVRO DO PROFETA EZEQUIEL 

Pastor Álvaro Ladeira (transcrição da mensagem partilhada na ADbenfica a 2022nov27)

2022nov27 pastor AlvaroLadeira ADbenfica

Gostava que vocês se inspirassem, acerca de construir pontes!

Nem sempre construir pontes é fácil! Nem sempre é fácil…!

A maioria de nós gostaria de saber construir pontes, de si mesmo para quem está à sua volta. Gostaríamos, às vezes, de estar mais perto de quem nos rodeia.

Alguém se identifica com esta realidade?

Conheço pessoas que não. Por exemplo, a minha irmã, às vezes passa por momentos mais difíceis com alguns camaradas da vida, com os quais interage, e diz assim: “Quanto mais conheço os humanos, mais gosto dos animais!”

Não sei se alguém já teve esta experiência… Há uns humanos difíceis…! De facto, não parecem humanos, parecem zoómanos! Há uns zoómanos difíceis!…

De facto, às vezes somos nós mesmos!

Mas quem saiu de casa esta manhã, e veio a este lugar, ou quem se levantou para ver esta live, nem que tenha só aberto apenas a persiana esquerda ou a persiana direita para assistir no telemóvel em casa, fê-lo porque queria estar mais perto de Deus!

E alguns de nós lutamos também com o facto de não saber como…!

Foi o caso do Ezequiel. Ezequiel viveu num tempo muito difícil! Um tempo bem mais difícil do que aquele que estamos a experimentar hoje, aqui do nosso país, à beira-mar plantado.

No contexto em que viveu, também estavam a experimentar guerras, também estavam a experimentar perseguições…

Mas não estava a acontecer com os outros. Estava a acontecer com ele. Estava acontecer com o povo dele, com a família dele, com todos.

E nesta luta de não saber como construir pontes para estar perto de Deus, eu lutei muito tempo.

 

E a primeira pessoa com quem lutei, foi comigo mesmo.

No fundo, não sabia ser quem eu era.

E para construirmos uma relação, temos de estar um pouco confortáveis com quem somos, não é? Porque se não estamos bem connosco, como vamos estar bem com alguém?

Lembro-me de ser um miúdo, pequenino, e de que não queria ser eu.

Achava melhor ser aquilo que aquele era, ou o outro. Aqueles que tinham mais notoriedade no grupo, que conseguiam fazer coisas que eu não conseguia… Este, ou aquele aspeto em particular…

 

Dava mais jeito, criar aquelas personas, e ser um outro alguém.

Apesar disso resolver naquele instante algumas coisas – porque se eu fosse eu, teria os amigos dele, e as amigas dele, teria o que ele tinha, faria o que ele faria – a verdade, é que isto tem um problema!

E qual é o problema? O problema é que não dá para sermos outra pessoa.

Dá para fingir, mas não dá para ser! Só dá para ser quem nós somos!

E claro, sempre podemos construir uma persona, um personagem, e tentarmos viver e ser, o que esses personagens são, e viveriam.

 

Hoje faz-se muito isso!

E nas novas gerações, que estão já a nascer no digital, e que tem muito mais acesso, que são já nativas, existem ferramentas ótimas para criarmos novos personagens!

E qual é o problema disso?

O problema, é que isso é fake! Isso não é exatamente a realidade, e isso nota-se…!

Não nos realiza tanto quanto promete, ser quem não somos!

Torna-nos, de certa forma escapistas, desajustados no mundo físico. Somo uns ‘Hudinis da vida’

Quem conhece o Hudini? O Hudini… é do baú, é uma desempoeirada daquelas…!

Ele recebia aplausos por ser quem era! O Hudini é um daqueles escapistas e ilusionistas, dos mais famosos de todos os tempos! Especialmente desde que há memória, porque só dizemos isso daqueles que conhecemos…! Pode ter havido outro, mas nós conhecemo-lo a ele!

Ele fazia coisas incríveis! E se vocês forem ao YouTube, conseguem ver algumas imitações, algumas reconstruções, e até algumas filmagens!

Mas enquanto ele recebia aplausos por ser quem era, nós recebemos aplausos – quando criamos essas personas – por sermos quem não somos…!

O que é estranho, não é? É um elogio, mas não bate cá dentro, como se fosse a sermos aplaudidos por sermos quem somos!

Um amigo meu diz uma frase de que eu gosto muito, e por isso repito-a algumas vezes. Quando construímos essas personas, “Há algo de errado, que não está certo!”

Deu para compreender?

 

Mas além de lutar comigo, também lutei com os outros!

Então eu queria impor-me! Um bocadinho mais tarde, comecei a ficar assim mais espigadote, e queria impor-me! Primeiro, pela força física.

Por essa razão, estudei até artes marciais, e até tive como ídolo até o reformar aos 14 anos, o meu amigo Bruce Lee!

Por isso, quando havia alguma situação, a primeira coisa era ficar em tronco nu…! E lá ia a camisola interior, até no inverno, com a pasta e tudo para o chão…! Depois, lá vinha aquela senhora velhinha da rua, que pegava naquilo tudo, e ia levar lá a casa, e dizia: “Ó Alvarinho! Sempre todos os dias…!”

E quando eu fugia, para não ouvir, ela dizia à minha mãe, e era muito pior!

 

Quando era pela força física, eu tentava pela força dos argumentos.

A razão pela qual, também desenvolvi este sentido de humor.

Nos primeiros estágios, usava esta arte porque queria ficar por cima num debate, nem que fosse pela humilhação do outro…!

Nem sempre as nossas estratégias, nos levam onde queremos ir, sem produzir danos colaterais.

Porque às vezes, conseguimos o que queremos. Mas não temos uma régua para medir o “à custa de quê” …!

Eu queria sentir-me admirado, maltratando os outros. E, de facto, havia pessoas que me admiravam. Até me combaterem, e depois tentarem destronar-me e aí…, já não era tão gira a admiração…!

 

Também desenvolvi o Pensamento Lógico e Filosófico.

O Filosófico, foi a ferros! Tive de ir lá a sala dos professores, onde trabalhava a minha mãe. De facto, onde ela descansava entre as aulas que dava. E lá, contratei o professor de filosofia, para me ensinar! Porque a minha professora filosofia dizia que eu não me conseguia libertar do senso comum …!, e eu não entendi.

Foi com o dinheiro das explicações que dava na altura, que consegui desenvolver o raciocínio filosófico!

 

Por fim, também lutei com Deus!

E lutei com Deus porquê? Porque na minha ótica, Deus tinha ideias muito fixas!

Alguém concorda comigo? Era muito inflexível!, pensava eu…!

Ele tinha sempre que estar certo! Nunca pensaram isto?

Na minha loooonga experiência, que tinha na altura, nunca tinha conhecido ninguém que estivesse sempre certo! Mas Deus tinha de ter sempre a última palavra!

Isto para mim era um pouco irritante!

Pior! Era suposto que quando alguém sabia o que Ele achava acerca de algo, todos os outros – mesmo que não concordassem – tinham de desistir de contra-argumentar, e fazer o que Ele dizia!…

Alguém já se sentiu mal com isto, ou não?

Alguns dizem que não…! Eu gosto mais de acreditar nos outros, porque sinto-me em casa…!

Ora… E isso era quase insuportável para mim…!

Não fosse aquele bem-estar que experimentava quando me sentia perto d’Ele…

Não fosse aquela coerência, e aquela consistência que Ele tinha, quando se referia a coisas complexas da vida de que eu não percebia nada!, como por exemplo, lidar com os humanos, e com as suas relações,…

Não fosse tudo isso, tinha tirado bilhete para bem longe!…

Mas Deus era Irresistível para mim!

Ninguém me conseguia tocar como Ele! Em áreas do meu interior, que nem sabia que existiam!

Vocês sabem? Quando chegamos a uma certa idade, começamos a sentir músculos que nem sabíamos que existiam…!

Era mais ou menos assim, que eu me sentia…! Ele conseguia mexer em partes de mim, que nem fazia ideia que existiam!

E por mais blindagem que usasse, Ele apanhava-me sempre na curva!

Bastava eu baixar a guarda um bocadinho, por causa de alguma distração, e ‘Zau!…’, lá aparecia Ele dentro da minha mente, a incomodar-me com o meu estilo de vida, e com as últimas asneiras que eu tinha feito.

Aquilo que mais me dificultava a vida, em relação a Deus, era Ele não ser invasivo!

Se fosse invasivo, sabia defender-me. Mas Ele era persuasivo!

Não era dissimulado, mas Ele entrava, assim de fininho, e instalava-se…! E quando eu dava por ela, estava ali uma amena cavaqueira desfrutar de quem Ele era, e a pensar o quão desajustado eu estava, de quando precisava de mudar…!

 

E acabava por sair vencido sempre, e tão feliz!

Eram as únicas batalhas em que isso acontecia, em que eu saía, de facto, feliz!

Nas outras, nunca me sentia assim tão feliz! Numas, acabava humilhado, ferido, irado, cheio de raiva… Noutras, acabava com o falso sentimento de supremacia… Mas depois chegava a casa, e estava na mesma triste!

Sabia que aquilo tinha feito, mesmo que tivesse ficado bem na fotografia para aqueles que estavam a ver, tinha sido uma asneira, e tinha causado danos nas pessoas.

Mas com Deus, nas nossas batalhas, eu acabava derretido, a sentir-me conhecido e amado!

Mas como gostava de batalhas, eu dava luta!

Então, às vezes, demorava muito, até me acalmar, e me sentir assim…!

 

Mas porque estou a contar esta história toda?

Porque vos quero ensinar hoje, acerca de construirmos pontes!

Pontes de nós mesmos, para quem está a nossa volta, e quais são os melhores materiais a usar para construirmos essas pontes.

 

Nós temos um exemplo de alguém que construiu pontes com o ser humano: Deus! Para isso, mandou o Seu Filho Jesus. E enquanto não mandou o Seu Filho Jesus, mandou muitos outros. Mandou muitos amados d’Ele. Uns foram os pais da humanidade ou Adão e Eva. Depois, mandou o Noé, e todos aqueles patriarcas. Mandou profetas…!, porque sempre Deus quis construir relacionamentos connosco! Alguns profetas, como este que eu escolhi hoje, são bem difíceis de entender…!

Quem aqui tem esta experiência difícil com o Ezequiel? Quem faz do Ezequiel o seu tempo devocional? Quando é para dormir, pegamos no verso 1 do capítulo 1, e ao chegarmos ao versículo 5, já fomos!…

 

No passado, tentei obter as chaves para o coração dos reclusos, dos toxicodependentes, como já falamos aqui. E fui bem-sucedido, até certo ponto, porque consegui entrar um bocadinho naquela forma de pensar, naquela forma de estar.

Algumas pessoas aqui que já me viram em ação, viram que há uns ‘cliques’ que conseguimos provocar neles. Há umas provocações, há umas chaves que Deus nos pode dar para chegarmos ao coração das pessoas, e dessa população especial.

Deus deu-me uma graça de que tenho desfrutado, e de que tenho dado a desfrutar, durante os últimos anos.

Neste momento, ando à procura das chaves para o coração dos adolescentes e dos jovens.

Porque já fui adolescente, já fui jovem, mas nunca como os jovens de hoje.

Porque no tempo em que éramos adolescentes e jovens, pensava-se de maneira diferente, os recursos eram outros, a forma como construíamos a nossa identidade e a nossa forma de estar, eram bem diferentes.

Fica aqui já um pedido de ajuda! Se alguém tiver essas chaves, e tiver duplicado, eu aceito!

Só sei entrar no coração de um recluso, de uma pessoa que viveu no mundo do crime e das drogas, porque as pessoas que viveram nesse mundo me deram essas chaves!

 

Partilhei a minha vida, e construí pontes na minha vida para delas. E elas construíram pontes delas

para a minha, e deram-me chaves. Foi na generosidade da partilha que aprendi aquilo que sei.

Não foi porque era muito inteligente, ou porque descubro tudo sozinho, porque não é assim tão verdade.

Às vezes gostamos de parecer… Mas vocês sabem, especialmente os que me conhecem, que não é verdade…! (Risos)

 

Antes disso, procurei a chave para o coração dos Universitários. Eu era Universitário, por isso tinha o porta-chaves, mas não tinha chaves. Nem o meu coração entendia bem, quanto mais o dos outros!… Mas foi aí que comecei a colecionar as chaves.

Mas agora, quero fazê-lo para o mundo dos jovens e dos adolescentes.

 

Então vamos agora entrar no Ezequiel.

Ezequiel é um personagem!… Ezequiel é uma pessoa daquelas…!

Na brincadeira, falando com os meus botões, dizia algumas coisas não muito abonatórias acerca do Ezequiel. Porque começava a ler Ezequiel um, e a experiência… era difícil!…

 

Para aqueles que nunca tentaram, preparem-se! Apertem os cintos de segurança. Vamos a Ezequiel, capítulo um, verso um.

 

1 Era o quinto dia do quarto mês do trigésimo ano,…

Já sabem que dia é que estão, ou não? Perco-me logo aqui, não sei se estão a ver…

 

…e eu estava entre os exilados, junto ao rio Quebar.

Sabem onde é que fica, não sabem? Guardem, que é muito importante…

 

Abriram-se os céus, e eu tive visões de Deus.

“Abriram-se os céus”, ainda dá para perceber…

“Tive visões de Deus…” Visões de Deus, é já um bocado mais estranho, mas pronto. É na Bíblia, podemos aceitar. Vamos seguir em frente.

 

2 Foi no quinto ano do exílio do rei Joaquim, no quinto dia do quarto mês.

Estão situados, aí no calendário? Não se percam.

 

3 A palavra do SENHOR veio ao sacerdote Ezequiel, filho de Buzi, junto ao rio Quebar, na terra dos caldeus. E ali a mão do SENHOR esteve sobre ele.

Pronto. Sobreviveram até aqui? Estão a ser profundamente edificados, ou não?

 

4 Olhei e vi uma tempestade que vinha do norte: uma nuvem imensa, com relâmpagos e faíscas, e cercada por uma luz brilhante. O centro do fogo parecia metal reluzente, 5 e no meio do fogo havia quatro vultos que pareciam seres viventes. Na aparência tinham forma de homem, 6 mas cada um deles tinha quatro rostos e quatro asas. 7 Suas pernas eram retas; seus pés eram como os de um bezerro e reluziam como bronze polido.

Meu Deus…! Que visão! Digam lá: não está a ser uma experiência?

Até me perdi…

 

8 Debaixo de suas asas, nos quatro lados, eles tinham mãos humanas. Os quatro tinham rostos e asas, 9 e as suas asas encostavam umas nas outras. Quando se moviam andavam para a frente, e não se viravam.

Perceberam? Meu Deus…! Ezequiel…!

 

Ezequiel era um livro do qual só percebia dois capítulos, e porque já tinha ouvido muitas vezes alguém pregar acerca deles. E o segundo, só o percebi de facto, quando fui com o pastor e a Hermínia a Israel. Eu percebia o (capítulo) 37, que é o do ‘Vale dos ossos secos’, do qual há muitas pregações.

E Ezequiel 47, que é sobre o rio, que nasce do Trono de Deus, que normalmente só percebemos até meio. O rio nasce, e depois o profeta entra no rio, e a água dá-lhe pelos tornozelos, e depois pelos joelhos, e depois pela cintura, e depois dá-lhe para nadar, porque já é mais fundo do que a altura dele.

 

Quando lia a Bíblia toda, e chegava a Ezequiel, (passava os olhos no texto) só para cumprir calendário,

porque não valia a pena…!

Entretanto, aconteceu-me uma coisa muito gira. Costumava fazer muitas piadas com o Ezequiel. Sempre que havia alguma coisa que não entendia, dizia que isso me fazia lembrar o Ezequiel.

E dizia umas quantas coisas pouco abonatórias acerca da escrita do Ezequiel, visto ser um livro da Bíblia e pouca utilidade eu conseguia encontrar nele, visto ser completamente misterioso e inacessível.

 

Um dia, a mãe do André (Andrade) e o pai vieram visitá-lo. Foi na primeira visita que eles fizeram. E claro, como gosto muito do André e da Joslaine – convivo muito com eles – quando os pais dele vieram, também quis conhecê-los. E nas conversas, claro que meti umas buchas acerca do Ezequiel.

Ela ficou a pensar. Ouviu-me falar coisas tão absurdas acerca do Ezequiel, que ela foi para casa e pensou: ‘Vou ter de ajudar aquele rapaz!’, e escreveu-me uma carta.

E vou ler, só o princípio dessa carta, para vocês:

 

Diz assim:

Nas nossas conversas, um tema recorrente, às vezes em brincadeiras, às vezes com certo encantamento, é o Ezequiel. Então, resolvi passar os olhos e o coração por lá novamente para recordar o encantamento! Ezequiel 1…

E ela fez uma paráfrase…!

 

Seu exilio já durava há 3 anos, 4 meses, e 5 dias…

Perceberam agora? E eu pensei: “Ah…! Era só isto!?…”

 

Estando às margens do Quebar O Senhor lhe apareceu em uma visão.

Fico a pensar no privilégio e responsabilidade que alguns têm de o Senhor lhes aparecer… Então deixando os olhos passearem morosamente pelas letras, aos poucos vão ganhando uma urgência desprevenida, que vai nos fazendo erguer no assento e ir tomando posição de alerta e reverência, pois o Eterno aproxima-se!!!

Uma tempestade vai tomando corpo ao norte, uma nuvem imensa com relâmpagos e faíscas tudo envolto numa luz muito brilhante!

À vista do que está por vir, o coração derrete, as pernas não mais se sustentam.

A enormidade do que está a vir é tamanha que seus olhos chegam a duvidar.

Agora deixe os seus olhos escorregarem pelo texto e vai te deixando envolver por essa grandeza!!

O Deus Eterno está ali, ali mesmo diante de um ser humano.

O Eterno e o finito.

O Santo e o pecador.

O Criador e a criatura.

Aquela grande nuvem com relâmpagos faíscas e luz muito brilhante escondia, algo, que agora, ao ir-se dissipando vai revelando primeiramente quatro vultos parecidos com homens, e aos poucos podemos ver que não são homens.

Agora ao som de muitas e muitas águas, esses vultos vão ficando mais e mais visíveis, e o nosso homem já pode perceber que os tais seres têm quatro rostos.

Os quatro tinham rosto de Homem.

Os quatro tinham rosto de Leão, à direita.

Os quatro tinham rosto de Águia, à esquerda.

Os quatro tinham rosto de Boi.

Para completar a figura, os quatro tinham duas Asas apontando para cima, e duas Asas cobrindo seus corpos.

As suas pernas retas com pés de bezerros reluziam como bronze polido, e debaixo das Asas, tinham mãos humanas.

Eles mais se pareciam a Brasas Vivas, estavam em meio ao fogo de lá saiam faíscas e relâmpagos! Moviam-se como relâmpagos, mas só para frente, não se viravam.

Ao lado de cada um deles tinham rodas brilhantes como Berilo, entrosadas uma na outa e cheias de olhos!!!

(fim de citação)

 

Não fica diferente?

Porque é no encontro da gerações que nós entendemos o que a vida é, quem Deus é, quem nós somos

E eu era muito inteligente, sabia coisas de física, e sabia coisas de química, e coisas de matemática, e coisas dessas coisas que interessam a poucas pessoas… mas de Ezequiel, não percebia nada!

Mas esta mulher, que dedicou muitas horas à Palavra, conseguiu descodificar uma parte misteriosa da Palavra para mim! E ao descodificar para mim, espero que esteja a descodificar para vocês!

Quando li isto até ao fim, vocês não imaginam o que aconteceu!… Houve uma revolução!

 

Disse assim: “Puxa! Agora que eu consegui entrar um bocadinho…”

Ela deu-me, no fundo, a chave para o coração e para os olhos do Ezequiel. A partir daqui, deixa-me lá experimentar!

“Deixa-me fazer mais uma viagem com o Ezequiel, a ver se é desta que eu entendo…!”

Bem!… E comecei a ler o Ezequiel, e nunca mais parei! Até hoje….

Só parei para dormir, para comer e para fazer todas as outras coisas com que interrompo essa leitura, ok?

 

Vou dar-vos também uma ferramenta, para o caso de quererem explorar mais estas coisas.

Existem ferramentas espetaculares! Vejam só…

 

O livro do profeta Ezequiel.

Ezequiel era um sacerdote que estava morando em Jerusalém, quando aconteceu o primeiro ataque babilônico na cidade. Eles pouparam a cidade, mas capturaram um grupo de prisioneiros israelitas e os levaram para o exílio. E Ezequiel estava entre eles.

 

O livro começa a cinco anos depois de tudo isso, e Ezequiel está sentado na margem de um canal de irrigação, perto de o seu campo de refugiados israelitas.

E é o seu aniversário de 30 anos, justamente o ano em que ele teria se tornado sacerdote em Jerusalém.

 

E então, de repente, Ezequiel tem a visão de uma nuvem de tempestade se aproximando. E dentro da nuvem, estão quatro criaturas estranhas, que tem asas estendidas se tocando. E cada uma dessas criaturas tinha quatro faces,       e ele viu quatro Rodas, uma perto de cada criatura. Então ele viu que as asas das criaturas estavam segurando essa plataforma deslumbrante!… Na plataforma existe um Trono. E sentada naquele trono, está uma criatura humana brilhante, envolta em fogo. E então, de repente, Ezequiel percebe o que está vendo. Ele chama de “a semelhança da Glória do Senhor”! É Deus na sua Carruagem Real.

 

A palavra “Glória”, em hebraico, é kavod, e significa pesado ou significativo. Os autores bíblicos usam essa palavra para descrever a aparência física, e a manifestação do significado de Deus, quando Ele aparece pessoalmente.

 

Essas imagens na visão são muito semelhantes ao que aconteceu quando Deus apareceu no Monte Sinai, no livro de Êxodo. E também é muito semelhante às representações da presença de Deus sobre a Arca da Aliança. E isso é a coisa que mais choca sobre a visão de Ezequiel: O que a glória de Deus está fazendo na Babilônia? Supostamente, deveria estar acima da Arca da Aliança, no templo de Jerusalém…!

 

(fim de citação)

 

Vamos interromper agora. Ele, depois, vai fazer a descrição de como está dividida a mensagem de Ezequiel, e permite-nos entender muito melhor! São recursos que estão à nossa disposição para conhecermos e desvendarmos estes mistérios da Bíblia.

 

Vimos, então, quem é este Ezequiel. Ezequiel vive num tempo bem difícil…! Um tempo em que o povo de Deus tinha vivido coisas… Tinham seguido o seu próprio coração. Cada um fazia aquilo que bem lhe apetecia. Sabiam o que deviam fazer, mas depois na sua vida privada, viviam o que bem lhes parecia…!

E nós não somos muito diferentes, penso eu, dos outros seres humanos. Há coisas que nós sabemos que estão certas, e que gostamos de fazer, e há coisas que sabemos que estão erradas, e também gostamos de fazer…!

E se no momento, quando o temor de Deus é mais presente, e quando nós temos objetivos na vida, encontramos motivação para não nos entregarmos a determinadas loucuras, momentos há em que não queremos saber… Optamos por pôr prego a fundo, e depois de fazer asneira dizemos: “Ah, quando dei por mim, olha já estava…! E já que aqui estou, vou aproveitar…!”

É complicado…!

 

O nosso amigo Ezequiel, não foi para lá sozinho.

Junto, naquele grupo, foi também mais? Foi o Daniel, o Misael e os outros amigos dele (o Hananias e o Azarias). Só que os outros eram muito novinhos! Eram adolescentes, eram mais que tenrinhos, eram mais educáveis. Então foram preparados, e se calhar até passaram por uma situação um bocado mais difícil que a dele…! Porque para irem para o palácio, às vezes os imperadores tinham aquela ideia de castrar os homens, para não arranjarem problemas no palácio… A Bíblia omite essa parte, mas culturalmente sabemos que isso era uma prática comum. Não temos a certeza do que aconteceu.

 

Mas ele (Ezequiel) era grande o suficiente para não ser reciclável, para a cultura babilónica. Então foi levado apenas como trabalhador. Estava perto de ele se tornar sacerdote, mas ainda não tinha acontecido. E lá foi ele, para as margens do rio Quebar, e teve esta visão.

 

Teve esta visão, a qual é seguida de uma conversa que Deus tem com ele. Quando ele está a ver aquilo, pergunta-se: “Mas o que está aqui a fazer a Glória de Deus? Ela não devia estar lá em Jerusalém?”

Quando ele viu aquela aparência da Glória do Senhor, prostrou-se com o rosto em terra, e ouviu a voz de alguém que falava com ele. Estive a ler o final do verso 28 (do capítulo 1), e vou começar agora no capítulo 2, verso 1. Diz assim:

1 Ele me disse: “Filho do homem, fique em pé, pois eu vou falar com você”.

 

E é giro! Porque Deus pede para assumirmos um posicionamento.

Ele era um Atalaia, e a função que desempenhava no povo e para o povo dele, é a mesma função que cada um de nós desempenha para o nosso (próprio) povo.

Porque nós somos aqueles que podemos traduzir a voz de Deus para quem não O conhece, e também para quem O conhece.

Deus diz: “Põe-te em pé, porque vou falar contigo.”

Porque Deus não gosta de falar connosco todos esparramados…

Vocês gostam quando estamos a falar, por exemplo,… Imaginem:

Chegamos ao pé dos nossos filhos, e dizemos-lhes: “Vem aqui à cozinha, ajuda-me (nisto ou naquilo).”

E eles estão todos esparramados, e ficam a olhar para nós…

Não fica estranho?

 

Mas já vi isto num filme qualquer…! Não sei se na realidade, não sei se em ficção, mas eu já vi isto!

É tão vivido, que quase, quase, podia afirmar categoricamente que vivi isto, mas não quero afirmar com certeza…

 

E então, … Deus gosta que tenhamos uma atitude! E por isso diz-nos: “Põe-te de pé!”

E o que aconteceu? Vejam só! “Enquanto ele falava, o espírito entrou em mim, e pôs-me em pé, e ouvi Aquele que me falava.”

Ou seja, Deus pediu-lhe para fazer uma coisa. Ele (Ezequiel) começou dentro dele a querer ter aquela atitude, mas quando há um movimento da nossa parte, o próprio Espírito vem, e dá o que falta para conseguirmos pôr-nos em pé!

Bem…! Isto é extraordinário! E isto fala de quem Deus é…! E (fala) da participação que Ele quer ter na nossa vida, nas nossas lutas, nas nossas dificuldades! Porque ele nunca nos vai chamar para fazer uma coisa que seja impossível para nós!

Mas às vezes é impossível, ou porque não temos força, ou não temos visão, ou não temos capacidade, ou não sabemos porque ponto pegar – porque é um novelo que está em enleado demais -, mas Ele vem! E faz parte do próprio movimento que pede que façamos!… E isto é extraordinário!

 

E o que acontece? (Capítulo 2, verso 3)

3 Ele disse: “Filho do homem, vou enviá-lo aos israelitas, nação rebelde que se revoltou contra mim;”

De quem Ele está a falar mesmo? É do povo de Deus.

E quem é o povo de Deus naquela altura? [Israel]

E quem é o povo de Deus hoje? [Nós]

Foram vocês que disseram, não fui eu…

 

O Ezequiel estava a falar para o povo de Deus. E o povo de Deus era o quê?

4 O povo a quem vou enviá-lo é obstinado e rebelde.”

Olhem, eu já pertenci a essa categoria. Há quem não acredite que eu já saí dessa categoria. Mas eu acho que já saí. Faz parte daquela ciência exata chamada “A Achologia”, a ciência do ‘acho que’.

Conhecem? Todos nós temos algumas pós-graduações nessa ciência…

 

3b …nação rebelde que se revoltou contra mim; até hoje eles e os seus antepassados têm se revoltado contra mim. 4 O povo a quem vou enviá-lo é obstinado e rebelde. Diga-lhe: Assim diz o Soberano, o SENHOR. 5 E, quer aquela nação rebelde ouça, quer deixe de ouvir, saberá que um profeta esteve no meio dela. 6 E tu, filho do homem, não tenhas medo dessa gente nem das suas palavras. Não tenhas medo, ainda que te cerquem espinheiros e você viva entre escorpiões.

 

Onde é que ele estava? No meio de quê?

Ao princípio, estava no meio do povo. Quando foi deportado, estava no meio do povo e dos conquistadores. Ele disse: “Mas não tenhas medo!” Independentemente do que acontecer, de quem te cercar! Sejam os do teu próprio povo, ou sejam os do outro povo.

Mas a quem é que ele estava a ser enviado? Era aos babilônicos, ou era a quem? Era Israel!

 

Não tenhas medo do que disserem, nem fiques apavorado ao vê-los, embora sejam uma nação rebelde. 7 Tu lhes falarás as minhas palavras, quer ouçam quer deixem de ouvir, pois são rebeldes. 8 Mas tu, filho do homem, ouve o que te digo. Não sejas rebelde como aquela nação; abra a tua boca e coma o que vou te dar”.

E então, (Deus) deu-lhe um rolo…!

 

A seguir, começa uma secção de 11 capítulos. O primeiro já vimos, com a Visão em que é comissionado para falar.

E qual era a mensagem que Deus tinha para lhes entregar?

Tinha para lhes entregar a mensagem de que Jerusalém, a Joia da coroa do território, que já tinha sido invadida e conquistada, e em que as pessoas mais capazes e mais promissoras, os melhores escravos que eles encontraram, já tinham sido levados para a Babilónia, iria ser destruída.

Porque da primeira vez, eles apenas romperam o muro e levaram as pessoas. Mas eles não escavacaram a cidade toda!

Mas a mensagem que ele tinha para dar, era uma mensagem um pouco desagradável. Era a mensagem de que eles estavam a viver de uma forma que contrariava tudo aquilo que Deus lhes tinha ensinado…! E por causa disso, a destruição deles era iminente!

 

E o que quer dizer quando Deus nos diz que “A tua destruição é iminente?” O que quer dizer isso?

Quer dizer que estamos num momento em que, ou abrimos os olhos, ou se calhar daqui a mais alguns momentos, quer abramos os olhos, quer não abramos os olhos, já fomos…!

 

Vou-vos lembrar um episódio da Bíblia. Moisés foi falar com o faraó. E disse-lhe “Deixa o meu povo ir!” De facto, não foi o Moisés, foi o Araão. Porque era muito introvertido, o Moisés!

E o que fez o Faraó? “Eu!? Vou deixar a mão-de-obra ir embora assim? O meu capital humano,? desta empresa que construí com a minha forte mão? Não!, nem pensar nisso!”

Portanto, endureceu o seu coração, e não deixou o povo ir…! (Resultado:…) Uma praga!

 

Segunda! Volta o Moisés, e diz assim: “Faraó, deixa meu Povo ir!”

E o que aconteceu? Nada! (Resultado:… ) Segunda praga! Ele endureceu o seu coração, e segunda praga!

Moisés voltou lá: “Deixa o meu povo ir!”

Mas ele sabia sempre chorar-se… “Ai, não… Tira lá estas pragas, que eu vou deixar ir (o povo) …”

Trafulha, não é?

 

Ao final de três pragas em que ele endureceu o coração, Moisés foi lá e disse-lhe: “Deixa o meu povo ir!”. E o que aconteceu na quarta praga? “(…) E endureceu Deus o coração a Faraó”

Porque ele tinha passado do limite!… Porque há coisas que podemos fazer durante algum tempo…

 

(Como) quando ouvimos estes escândalos que andam por aí, na comunicação social….

Normalmente, as pessoas não são apanhadas logo a primeira… Elas fazem uma vez, e fazem duas, e fazem três… Às vezes até se esquecem, porque ficam com Alzheimer, acho…

 

Mas a verdade, é que há um ponto a partir do qual, já não há volta a dar.

Ou seja, há um tempo em que nos podemos arrepender. Podemos fazer uma asneira e arrepender-nos, e não destruímos tudo… Ferimo-nos, ferimos os outros, estragamos o ambiente, perdemos confiança, etc., etc., mas há um ponto a partir do qual não há retorno, (em que) as consequências são categóricas, a destruição é iminente.

 

E era esta a mensagem que ele tinha para dar…! E que é uma mensagem muito popular, ainda nos dias de hoje, não acham? Quem é que gosta de ser chamado à atenção quando está a fazer asneiras?

 

Então, a seguir, Deus pede ou Ezequiel para fazer o quê? Para ele fazer uma espécie de dramatizações!

 

E então vejam: (Ezequiel 4)

1 “Agora, filho do homem, apanha um tijolo, coloca-o à tua frente e desenha nele a cidade de Jerusalém. 2 Cerca-a (então), e ergue obras de cerco contra ela; constrói uma rampa, monta acampamentos e põe aríetes ao redor dela. 3 Depois apanha uma panela de ferro, coloca-a como muro de ferro entre ti e a cidade e põe-te de frente para ela. Ela estará cercada, e tu a sitiarás. Isto será um sinal para a nação de Israel.”

 

E fez uma espécie de representação, um teatro de rua.

Depois, fez outra coisa. Aquela ali que tem umas Brasas. não pensem que é um piquenique. Aquilo é muito pior que um piquenique. Deus disse ao Ezequiel para ele juntar comida. E para se pôr deitado durante 390 dias sobre o seu lado esquerdo, e ele esteve assim, 390 dias deitado. Cada dia simbolizava um ano de rebeldia de Israel.

E depois mais 40 dias do lado direito, (em que) cada dia representava 40 anos de rebeldia de Judá.

Ele tinha de comer comida que tinha armazenado antes, e tinha de cozinhar em fezes humanas!…

 

E ele disse: “Mas Deus!, eu nunca comi nada imundo…! Como é que eu vou fazer uma coisa dessas?”

Então Deus foi muito condescendente, e disse que ele podia cozinhar com fezes de vaca.

E porquê? Simbolizava o tipo de comida que eles iriam comer no exílio. Enquanto se mantivessem rebeldes e obstinados, a fazer a sua própria vontade, (quando) chegasse o dia da destruição iminente, (para o qual) ainda havia tempo (para se arrependerem) …

 

E também pegou em cabelo, e cortou o cabelo…

Se as pessoas quisessem saber…! Parece as parábolas de Jesus!

Jesus contava parábolas. E para que serviam as parábolas de Jesus? Se quiséssemos saber, ficávamos a pensar nelas. Ao ficarmos a pensar nelas, iríamos chegar lá! Ou então iríamos perguntar…! Mas de alguma forma, Deus vai acrescentando aquilo que precisamos de saber.

Porque: “Buscar-me-eis, e me encontrareis, quando me buscardes de todo o coração.”

Mas os que não queriam saber, nada ficavam a saber!

 

E ele cortou o cabelo. Aquela cabeleira que ele cortou, era como se fosse o povo de Israel… Iriam ser espalhados aos quatro ventos, montes deles iriam ser mortos à espada, ou iriam ser mortos com fogo… Porque a destruição de Jerusalém, e do templo, foi feita com fogo…!

 

Ninguém o vai ouvir, porque têm um coração duro…!

 

Mas aquilo que estava escondido… é aquilo que, muitas vezes, está escondido também na nossa vida. O povo de Deus ia ao templo e adorava. Mas neste tempo, já não tinham só coisas escondidas no coração! Eles levaram para o próprio pátio do tempo divindades, ligadas aos deuses da região da Filistia… Uma era Astarote e o outro era Tamus. Tamus é a entidade que é cultuada dentro da Maçonaria, e na Babilônia. Tudo entidades ligadas a coisas sexuais, porque o ser humano gosta muito de se perder por essa via, não é (verdade)?

 

Deus inventou a sexualidade. Nós teimamos em querer vivê-la de uma forma diferente da que o designer fez…!

E experimentamos o quê?

Corrupção, destruição, e a Glória de Deus vai-se embora. Vemos a Glória de Deus a sair do Templo.

 

Mas há esperança! Porque Deus quer trazer um coração novo, um coração de carne, (não de pedra).

Só que para acontecer, tem que haver um processo, onde eles têm de ser chamados à atenção…

E qual é a mensagem do Ezequiel? A mensagem do Ezequiel é exatamente essa chamada de atenção! Mesmo com metáforas bem duras.

 

“Faz a mala, e faz um buraco no muro, e sai pelo muro.”

Ele fez tantas coisas, para que o povo percebesse o que lhe ia acontecer…

Mas aquilo que não queremos ver, não vemos…

 

E assim como ele foi chamado para a geração dele, para comunicar esta mensagem, nós somos chamados a comunicar uma mensagem com a nossa.

Mas a nossa mensagem não é de destruição! Há destruição, e há consequências para os nossos erros, para o nosso pecado. Têm alguma dúvida, ou não?

 

Porque acham que estamos a viver esta guerra? Porque estamos a viver esta inflação? Porque estamos a viver todas estas dificuldades?

É porque nos temos andado a portar bem? Por temos sido pessoas muito dedicadas e consagradas? Porque temos orado muito, jejuado muito, buscado muito a Deus, é isso?

 

Ou temos andado um pouco distraídos, até nós que somos o povo de Deus… não é (verdade)?

 

A Bíblia diz para orarmos por aqueles que estão eminência. Mas vamos lá a uma percentagem: Quantas palavras de oração e de bênção em percentagem usamos para nos referirmos aos que estão em eminência? Qual é a percentagem?

Aproximadamente zero, não é? Mesmo que oremos uma vez por ano, ou quatro vezes por ano, ou seis vezes por ano, ainda assim, não descola do zero! Porque temos sempre muito mais palavras de dureza e de crítica para dar aos nossos governantes, do que tem de encorajamento, e de bênção…!

 

E sabem que quando a gente bate num cavalo, mau ele fica melhor, não é?

Quando pegamos numa criança rebelde, e espancamos, ela fica mais docinha, não fica?

Não?!

 

Então o que torna uma pessoa desalinhado numa pessoa alinhada?

É o amor!

 

E qual é a nossa mensagem? Não é mensagem do amor?

 

E a quem entregamos essa mensagem?

Se calhar, não estamos a fazer chegar essa mensagem onde ela precisa de chegar, para a nossa realidade mudar…!

 

E então, a Glória vai-se…

 

Vai haver juízo sobre Israel!

O juízo sobre Israel (é apresentado) com quatro metáforas.

Israel acha-se muito (bom), mas é como um pau vinha… Já vi um saca-rolhas feito de raiz de videira, mas o pau da vinha não serve mesmo para nada…

 

Depois terá lugar julgamento sobre as nações à volta.

Até os dois reis mais poderosos da altura, que se achavam invencíveis, iam ser destruídos, e iam beijar os pés do Imperador Nabucudonozor.

 

E por fim, até Jerusalém caiu!

Eles passaram do ponto de não retorno! Eles não quiseram ouvir, enquanto era tempo…!

E, passaram por isso tudo!

 

Mas depois, vem uma mensagem de esperança. Há o Rei Messiânico, que é um bom pastor, que se contrapõe contra os pastores que se apascentam a si mesmos, que fazem a sua própria vontade, que se alimentam das ovelhas, que fazem coisas que são incorretas.

 

Era o que estava a acontecer com aqueles líderes, e muitas vezes, é o que acontece connosco!

Porque vejam: nós somos ovelhas. Fazemos parte deste rebanho, na perspetiva de Deus. Mas existem outras ovelhas que não estão neste aprisco… E eles não vão conhecer o nosso pastor, porque não vêm aqui à igreja, a não ser se os trouxermos…

Então, qual é a face de Deus que irão conhecer? É só a nossa!

Então, quer aceitemos, quer não aceitemos, somos os guias deles! Somos aqueles que lhes podemos dar direção…!

 

Então somos nós os maus pastores, que andamos a viver a nossa vidinha, a cuidar das nossas coisinhas, a deixá-los estar na vidinha deles…!

 

Depois, chegamos a Gog e Magogue, que se refere a um dia de juízo, até sobre os poderosos, os que se acham invencíveis, e que venceram os outros todos.

Mas a mensagem de esperança vem, e vem com aquela visão do Vale dos Ossos Secos.

Porque é assim que se imaginavam, era assim que se viam…

E Deus vai soprar o Seu Espírito, e vai tirar-lhes aquele coração de pedra, e vai dar-lhes um coração de carne!

 

E por fim, isto acaba então com aquela grande visão do Rio de Deus.

É um rio que nasce no Trono (de Deus) e que vai desaguar, não no Mar Grande – o Mar Mediterrâneo – à esquerda quando olhamos no mapa, mas vai para o lado direito, para o Mar Morto!

Este rio que nasce no Trono de Deus. E Deus torna vivo até o que de mais morto conhecemos.

E se tiverem bons olhos, vêm (na apresentação) um hipopótamo. A coisa mais parecida com hipopótamo que lá vi, foram uns senhores gordinhos lá no Mar Morto…! Não há hipopótamos lá!

O único ser vivo (pluricelulares) que lá existem, são os humanos que vão lá conhecer aquilo e banhar-se naquela água salgadíssima, e pôr aquela lama espetacular lá do fundo.

Mas não aguentam muito tempo! Têm que sair lá, porque tanto sal faz um bocado mal à pele!…

 

Mas Deus vai transformar o sítio mais inóspito da terra, numa zona verdejante.

Isto é o que Ele promete. E O que promete, é capaz de cumprir!

Mas Ele conta connosco, para isto se tornar realidade!

 

Vamos agora para o mapa global (dos recursos), onde podem cultivar-se e aprender mais acerca destas coisas boas que a Palavra tem para nos ensinar.

 

 

Vamos terminar com oração:

Senhor Jesus, queremos agradecer-Te pela Tua Palavra, Pai!

E obrigado por a descodificares para nós!

Pai, ajuda-nos a Construir Pontes.

Deus, ajuda-nos a Construir Pontes!

Para o teu coração, Pai, para o coração de quem está à nossa volta, Pai!

E dá-nos Deus, dá-nos a Tua Graça, Pai.

Dá-nos a oportunidade de vencermos os nossos medos, os nossos receios, Deus, e de cumprirmos aquilo que é o Teu Chamado, e o teu Propósito, Pai.

Para que não chegue um tempo em que já é tarde demais para nós, Pai.

Onde aquilo que nos chamaste a fazer, já não é mais possível…

No nome de Jesus. Amém!

 

 

Mensagem do pastor Álvaro Ladeira na ADbenfica 2022nov27

www.facebook.com/IgrejaADBenfica/videos/542551970651168

 

Foram apresentados ainda slides da BIBLE PROJECT, um excelente recurso de estudo da Bíblia – Assista: Ezequiel | Projeto Bíblia™ (bibleproject.com)