A INVASÃO DA UCRÂNIA Os sinais da segunda vinda de Jesus – O Apocalipse – E o consolo e ânimo dos filhos de Deus

A INVASÃO DA UCRÂNIA

Os sinais da segunda vinda de Jesus

O Apocalipse

E o consolo e ânimo dos filhos de Deus

2021dez12 ADbenfica fotosCatarinaSousa - 5peq

 

Fico incomodado quando observo a agitação que provoca a referência à segunda vinda de Jesus e ao livro do Apocalipse, quando está em causa uma situação como a da invasão da Ucrânia pela Rússia. Esta guerra bárbara que não poupa zonas residenciais nem hospitais e maternidades, igrejas e centrais nucleares, à mistura com ameaças que gritam insanidade. Estas atrocidades levam-nos a um olhar distante, mas mais próximo, do que tem sido a história humana desde que Caim matou Abel, descartando-se do seu ato e acusando Deus por não ter acolhido a sua dádiva à sua maneira. Deus deixou como acontece ao longo de toda a narrativa bíblica a responsabilidade de Caim para com o pecado à porta do seu coração, e a indicação de que agisse da maneira acertada também seria aceite como o seu irmão. Deus não mudou o Seu plano, porque nesse plano estava incluído o Filho de Deus, segunda pessoa da trindade, e que a seu tempo haveria de morrer na cruz em expiação e redenção. Algo que vai além do que alguma vez um homem pensou sobre o Criador. Não foi o pecado que obrigou à morte de Jesus, mas o Seu amor e justiça. Jesus poderia não ter morrido. A multidão desafiou-o a que saísse da cruz e assim creria Nele. Jesus permaneceu porque tinha em vista a nossa reconciliação com Deus, a destruição do plano maquiavélico engendrado no coração de Lúcifer e a possibilidade de novos céus e nova terra, e, entretanto, da própria presença do Seu Espírito em todos os que recebem a Jesus como Senhor e Salvador, mesmo em meio a dor e sofrimento, guerras e rumores de guerras, bombas, estilhaços de roquetes, de máquinas de destruição, de corpos mutilados.

Quantos milhões foram trucidados por homens possessos do mal. Dos impérios geopolíticos, dos oligarcas de todos os tempos, autocratas, déspotas e do religioso. O pior que pode acontecer ao ser humano é Deus entrega-lo a si mesmo. É o pior juízo. Toda a humanidade sofre: bebés no ventre das mães, crianças, velhos, mulheres, adolescentes, jovens, homens. Será bom dar uma vista de olhos pelo primeiro capítulo da carta aos Romanos escrita pelo apóstolo Paulo, que conheceu como poucos a perseguição depois de ter sido um perseguidor, e é uma demonstração do milagre do amor de Deus a transformar o coração humano. Mas também exemplo de um consolo que passava a outros quando desesperava da própria vida, leia-se também o primeiro capítulo da segunda carta aos Coríntios. No capítulo vinte e quatro do evangelho de Mateus, Jesus fala de eventos futuros em que sofrimentos terríveis se abateriam sobre o Seu povo, em parte acontecidos nos anos 70 quando Jerusalém foi arrasada e os judeus foram expulsos da sua terra. Nesse contexto apontam-se outros tempos que ainda estão à nossa frente e cujas dores já sentimos, neste momento os nossos irmãos ucranianos e toda a população.

Quando chegamos ao último livro da Bíblia que lições podemos retirar do escrito inspirado pelo Espírito Santo em visões dadas ao apóstolo João, que no seu corpo sabia o que era o martírio, numa ilha inóspita. Que quadro nos é apresentado? Leio o Apocalipse com olhos diferentes da minha meninice e adolescência. Se é um livro de castigos divinos, é acima de tudo, um livro de consolo porque Jesus reina vitorioso e o fim da era da violência e da morte é-nos apresentado, porque isso não depende da Igreja nem dos líderes humanos, mas do próprio Deus. É um livro de misericórdia porque à luz do que hoje sabemos e em conformidade com a promessa divina depois do dilúvio a terra não será pulverizada, o que hoje é diabólica e humanamente possível. Leio à luz de uma afirmação difícil de Erwin Lutzer no livro Mais Perto de Deus: O que Deus permite, Deus determina! Deus é soberano, Deus criou-nos não para sermos assim, mas o roteiro passou pela queda por causa da desobediência humano que continua hoje a repetir-se. Jesus veio na demonstração absoluta e suprema, inexcedível, do amor divino. Deus morrendo a nosso favor na cruz. Ensinou-nos pela Sua vida e ensino a amar a Deus sobe todas as coisas, ao próximo como a nós mesmos, e a amar os nossos próprios inimigos.

O livro do Apocalipse desenvolve-se em torno da questão premente das perseguições sobre os seguidores enviados como ovelhas para o meio de lobos: “Até quando…?”, “Até que…” “Chegou o dia…” (6:10, 11, 17 – O Livro). “Então, a cada um deles foi dada uma vestidura branca, e lhes disseram que repousassem ainda por pouco tempo, até que também se completasse o número dos seus conservos e seus irmãos que iam ser mortos como igualmente eles foram”. (6:10,11 – ARA). Mais adiante um anjo “jura por aquele vive pelos séculos dos séculos, o mesmo que criou o céu, a terra e o mar e tudo quanto neles existe: Já não haverá demora.” (10:6 – ARA). E finalmente: “E aquele que está sentado no trono disse: Eis que faço novas todas as coisas.” (21:6 – ARA). E a Bíblia encerra com esta promessa e bênção: “Aquele que dá testemunho destas coisas diz: Certamente venho sem demora. Amém. Vem, Senhor Jesus. A graça do Senhor Jesus seja com todos.” (22:20,21 – ARA).

O QUE DIZER aos que sofrem, expostos à morte na sua fé em Jesus senão o que Deus diz de Génesis a Apocalipse? O QUE FAZER aos que sofrem, expostos à morte na sua fé em Jesus senão o bem que Ele nos ensinou a fazer? ORAÇÃO e AÇÃO!

Isto não vai durar para sempre… MARANATA!

 

 

Samuel R. Pinheiro

https://samuelpinheiro3.wixsite.com/omelhordetudo