Há culturas que são superiores a outras?
Este é um tema escaldante nos dias de hoje. De forma acertada, no nosso entender, é enaltecida a diversidade cultural, mas, por outro lado, de modo demagógico, ignoram-se algumas práticas culturais que ofendem a dignidade humana e, o mais importante para nós, a ética judaico-cristã. É o caso do casamento imposto a crianças e adolescentes e a excisão genital feminina. Isto para dar dois exemplos dos quais o primeiro é silenciado pelas repercussões políticas e religiosas que implica, e o segundo é denunciado pontualmente porque não tem esses constrangimentos. Independentemente do que se possa responder à pergunta que nos serve de título, faz toda a diferença viver numa cultura antropófaga ou não!
Esta questão entronca também no fenómeno religioso do qual damos dois exemplos: o carma e as castas. Já parámos para pensar quais as consequências sociais e humanitárias de quem acredita que o sofrimento presente é uma forma de penitência para alcançar um estado superior, mais evoluído, na próxima reencarnação? O mesmo se pode dizer quando comparamos líderes religiosos em que uns usaram e subscreveram o uso da violência para imporem as suas ideias e outros que recusaram e se insurgiram contra o seu uso. A ideia prevalecente é que todas as religiões são iguais. Grosso modo estamos de acordo. Em muitos aspetos consideramos que existem diferenças entre as várias religiões que importa não ignorar. Ninguém está a sancionar com isso a guerra das religiões. Mas por que carga de água, dizemos nós, não seremos capazes de forma pacífica e respeitosa confrontar as nossas convicções. Não acreditamos no sincretismo religioso nem num ecumenismo tipo salada de frutas, embora percebamos que possivelmente para lá dos muitos que o defendem, um dia surgirá uma proposta que será aliciante o suficiente para arrastar as multidões e dar suporte a um governo de alcance mundial.
O mesmo se pode dizer sobre as várias concepções que existem de Deus. Existem pessoas que julgo sem a devida ponderação e investigação, afirmam que todas as concepções são iguais. O que estas pessoas pensariam se fossem deslocadas para uma geografia em que da ideia de Deus decorre a lapidação, as chicotadas em praça pública e até a amputação de membros. Dir-se-á que em todas as confissões religiosas se viveram momentos em que tais práticas foram usadas. É verdade! Mas isso não significa que a ideia de Deus no judaísmo, cristianismo e islamismo, para falar apenas no grupo monoteísta, seja igual. A situação torna-se ainda mais flagrante quando se junta o grupo politeísta do hinduísmo e a religião sem deus do budismo. Acreditar num Deus pessoal é totalmente distinto de um deus que não passa de uma energia.
Não existe nenhuma cultura que seja perfeita e isenta de pecado. O Homem é pecador e tudo o que é sua criação sofre da mesma doença. Todas as religiões enfermam igualmente do mesmo mal, porque toda a religião é criação humana.
A situação muda de figura quando nos focamos na pessoa de Jesus. O único sem pecado, o único absolutamente justo e santo, o único perfeito em todos os detalhes e pormenores, em todas as Suas ações, em todo o Seu ensino, em todo o Seu caráter e personalidade, em toda a Sua pessoa.
Eu sou cristão, seguidor de Jesus. Considero-O como Ele Se apresentou, enquanto Senhor e Salvador, e por isso, dirão alguns, estarei a “puxar a brasa à minha sardinha”. Proponho que cada um leia os Evangelhos onde a história de Jesus nos é apresentada. O que dizer dos mandamentos do amor, do perdão e do serviço que Jesus não apenas propôs, mas viveu integralmente? Claro que facilmente se cai para o outro lado dizendo que são utopias que não têm cabimento no mundo em que vivemos. Outros preferirão dizer que Jesus é um mito. Mas Ele está aí na História como O grande “influencier”, como hoje se diz. Jesus não apenas disse, mas viveu. Viveu e morreu por isso. E, como não podia deixar de ser, numa história com sentido, ressuscitou e venceu a morte. Jesus é, por isso, a evidência por excelência de que o Deus trino (Pai, Filho e Espírito Santo), na Sua essência de santidade, amor, graça e misericórdia, é o Deus único e verdadeiro. Deus é Deus, e a Sua Criação está sob o Seu domínio. Ele prevalecerá, e com Ele toda a Sua criação. “Ninguém pode chegar ao Pai sem ser através de mim.” (João 14:6, OL). A escolha é nossa! Eu decidi seguir Jesus!!!
Samuel R. Pinheiro
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